segunda-feira, 27 de abril de 2015

Um dia eu aprendo com meus erros?

Quando olho minhas visualizações de páginas, às vezes percebo que uma postagem antiga e específica está sendo visitadas mais vezes em uma semana, acaba batendo curiosidade do porquê. Muitas vezes não lembro do que já escrevi, então volto lá e releio.
 Já tive surpresas desagradáveis fazendo isso!
Aos meus 18 anos de idade tive meu primeiro namoro sério. Até então eu tinha "ficado" com algumas pessoas, mas nada que eu pudesse ter chamado de relacionamento. Foi a primeira vez que eu amei alguém e vivenciei dois anos de um relacionamento cego, ciumento, possessivo e abusivo. Por incrível que possa parecer, não era eu o ciumento da história.
Roberto era um pouco mais velho e tinha uma necessidade muito grande de me tratar como um pequeno objeto a ser "cuidado" da forma que ele acreditava ser o certo. Quando eu percebi, já não usava as roupas que ele não gostava que eu usasse, eu não comia o que ele acreditava que não me faria bem, perdi uns poucos trejeitos que eu tinha, já não passava mais base nas unhas e parei de usar protetor solar porque ele não gostava do cheiro. Acredite, me afastei de vários amigos e até mesmo de alguns familiares.
Porém, orbitar a volta dele me fazia feliz!
Na época eu trabalhava com minha mãe, e a única preocupação dela era eu deixar a casa limpa e cumprir meu horário na clínica, pois fora isso eu era responsável o suficiente para cuidar de qualquer outro aspecto da minha vida, fosse estudo, relacionamento, saúde ou sei mais lá o que. 
Acho que aprendi a amar errado. Por mais que eu faça terapia para conseguir resolver determinadas coisas do meu passado, existem coisas que estão tão profundas no meu subconsciente, que eu ainda não sei fazer diferente.
Confundo ciúmes com amor, posse com um ato extremo de carinho e obsessão com a mais profunda paixão. Infelizmente, ouvir um "bom menino" ainda me traz uma satisfação inconsciente muito grande.


Letargia


#TãoEu
Minha psicóloga vive dizendo que preciso falar sobre o meu relacionamento com o Roberto, mas acredite, não é nada agradável passear por essa época da minha vida. Uma outra hora talvez. O importante para essa parte da história é comentar que passei um bom tempo dentro de um casulo, sem vontade ou coragem de querer me relacionar com outra pessoa novamente. 
Minha letargia emocional quando o assunto era amor foi muito intensa e eu demorei para permitir alguém se aproximar. O problema é que, quando abrimos a comporta, tudo aquilo que estava represado tem a tendência de desaguar de forma descontrolada. Acredito que foi isso que aconteceu na minha vida desde outubro de 2013, arrastando-se por 2014 praticamente todo.
Tanta coisa aconteceu!
Hoje eu namoro com um guri mais novo que eu, mas que tem a cabeça mais centrada do que muitas pessoas que já conheci. Contrariando o que poderia parecer normal, posso afirmar que ele está me ensinando coisas valiosas nesses últimos meses. Não nego que continuo ansioso, necessitando demais da atenção e do carinho dele, mas estou aprendendo dia a dia.
Procuro frear meus pensamentos e não deixar meus dedos digitarem coisas das quais vou me arrepender. Um dia dá certo, no outro não, e assim vou seguindo em frente.

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